sábado, 28 de junho de 2008

O desenvolvimento econômico e social da Europa


Castigados duramente por conflitos e disputas durante toda sua historia, os países da Europa viram na cooperação econômica uma forma de reestrutura seu país. Como o palco principal da segunda guerra mundial foi a Europa, depois de terminado este conflito vários países apresentavam cidades inteiramente destruídas, principalmente do ponto de vista econômico pois suas principais potencias industriais estavam praticamente inutilizadas. Além de arrasada economicamente a Europa Ocidental estava diante de uma séria questão política.
O avanço do socialismo e da economia planificada em países da Europa oriental como Albânia e Bulgária que passaram a ser lideradas pela potencia socialista, a União Soviética. Além disso a Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação que deram origem a Alemanha Ocidental na porção controlada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França. A Alemanha Oriental estava sob controle da União Soviética.
Diante da fragilidade política e econômica em que a Europa se encontrava após a segunda guerra mundial e levando em conta a sua localização, o governo norte americano resolveu desenvolver um plano para reconstrução do continente europeu com o objetivo de fortalecer diretamente sua economia e conter o avanço do socialismo.

Plano Marshall e OTAN


Em 1948 os Estados Unidos criaram o Plano Marshall, que consistia em fornecer empréstimos para o Reino Unido, Alemanha,França, e a Itália pudessem recompor suas industrias. Dessa maneira poucos anos depois em particular a Alemanha Ocidental, destacava-se novamente como uma potencia econômica mundial. Este plano teve como objetivo econômico o investimento de capital e tecnologia Norte America na Europa, o que aumentou os lucros dos Estados Unidos. Mas tiveram também claros objetivos políticos, dos quais o mais importante foi o de conter o avanço do socialismo e portanto fortalecer o capitalismo.
Do ponto de vista militar os Estados Unidos impôs seus interesses com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949. Essa organização, uma aliança militar firmada com a França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Islândia, Itália, Espanha, Portugal, Noruega, Dinamarca e Canadá teve e ainda tem como objetivo a defesa das instituições livres e a colaboração na resistência e na defesa mutua em caso de ataque de um país inimigo.A OTAN visava portanto a expansão do socialismo na Europa, mas nos dias de hoje após a crise do socialismo a OTAN volta-se mais para os problemas de guerras locais, como no caso da antiga Iugoslávia.

Reação à hegemonia Norte Americana


Ainda que no fundo a execução do Plano Marshall tenha beneficiado particularmente os Estados Unidos, não há como negar que também foi um poderoso instrumento de reconstrução da Europa. Esta procurou definir estratégias próprias tentando impedir a maior subordinação dos Estados Unidos. Assim a Bélgica, os Países Baixos e Luxemburgo constituíram a União Econômica de Benelux, com o objetivo de facilitar e aumentar as suas importações e exportações através da cobrança de tarifas alfandegárias mais baixas.
Já em 1951 foi criada a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), com o objetivo de criar um mercado comum para o carvão, o ferro, e o aço por meio de acordos relativos aos preços e taxas de transporte entre os países participantes.
Em 1960 fundaram a Associação Européia do Livre Comercio (AELC) com o intuito de eliminar as barreiras alfandegárias. A mesma perde seus associados a medida que seus membros ingressam na União Européia.


O Tratado de Maastricht

Este tratado que criou a União Européia previa a integração monetária e econômica na CEE e a cooperação política entre os países membros, entrando em vigor em 1993. Em 1995 a União Européia recebeu mais três países totalizando quinze associados. Estava formada assim a Europa dos quinze. Dois anos depois era assinado o Tratado de Amsterdã que completava o Tratado de Maastricht.
Em março de 1998 a Comissão Européia anunciou as condições da adoção da moeda única, os países que aderiram e os que reuniram as condições exigidas como domínio da inflação, do déficit, e da taxa de cambio e juros.

União Européia


A União Européia, uma união econômica e monetária que reúne vinte e cinco países, é a representante de seus associados em conferencias internacionais que discutem problemas mundiais como aquecimento global, racismo entre outros. O euro criado para unir em uma única moeda esses países passou a circular em 1º de janeiro de 2002. A adoção de uma moeda única contudo não eliminou as desigualdades existentes no bloco. Com os acordos de livre comercio, a eliminação de barreiras alfandegárias propiciou as trocas entre os países membros. Em conseqüência aumentou a concorrência entre as empresas, obrigando as mesmas a se tornarem muito mais competitivas.
Um dos objetivos da unificação monetária é justamente ampliar a capacidade de competição da Europa no âmbito mundial. De fato o euro é a segunda moeda mais forte do mundo.

O Estado do Bem Estar Social



A crise do socialismo entre 1989 e 1991 redefiniu as fronteiras de algumas nações do leste europeu. A antiga Alemanha oriental deixou de existir em 1990, sendo anexada a Alemanha Ocidental.
Após a guerra, o mundo ficou dividido em dois blocos principais: o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos e o socialismo, liderado pela União Soviética. Durante quase meio século, a Europa Oriental manteve fortes laços econômicos e militares com a antiga superintendência socialista.
Os regimes comunistas sempre foram malvistos pela maioria da população da Europa Oriental e só mantiveram durantes décadas por causa do poderio militar soviético.
Por outro lado os países nortes americanos adeptos do capitalismo tinham como objetivo impedir que o socialismo avançasse em todos os países da Europa, além do interesse pelo comercio e produtos vindos do continente e com a derrubada do muro de Berlim pondo fim a guerra fria, os Estados Unidos lança as suas estratégias politicas pois a Europa estava fragilizada. Após a segunda guerra países como a Alemanha, Itália , Inglaterra, precisavam ser reconstruídos, Estados Unidos entra como estado do bem estar social, pois teria que mostrar a Europa que beneficiaria com seus investimentos mais que a União Soviética como o socialismo.
Com a queda do muro de Berlim e o inicio da reunificação, o país reforçou o seu importante papel no cenário mundial e no processo de consolidação da União Soviética, no entanto, o auto custo da reunificação agravou alguns problemas sociais como desemprego.

A União Soviética e os países do leste Europeu fizeram uma associação econômica: o COMECON (Conselho de assistência Econômica Mútua). Essa associação tinha como objetivo de estreitar as tropas comerciais como esses países e superpotências socialistas. Foi também uma resposta ao Plano Marshall, pelos estados, pelo quel os Estado Unidos ajudaram na reconstrução da Europa Ocidental no pós Guerra Mundial. No entanto o COMECON como também outros planos da União Soviética em resposta ao capitalismo não tiveram êxito.

Xenofobia e Racismo


Desde a década de 1950, principalmente em decorrência do plano Marshall pelos Estados Unidos forneceu grande ajuda econômica para recuperação da Europa Ocidental devastada pela guerra a política Européia de atração de imigrantes, em especial para os países de reconstrução. Inglaterra, França, e Alemanha Ocidental, precisavam de mão-de-obra que ajudassem a reconstruir os edifícios, a limpar as ruas a realizar o trabalho pesado.
Após a Segunda Guerra, os grupos humanos que mais se deslocaram para, Europa foram habitantes de países subdesenvolvidos, exatamente aqueles que haviam sofrido as conseqüências da exploração européia. As principais correntes migratórias foram turcos e Iugoslavos, Nortes Africanos, Paquistaneses e Indianos.
Com a globalização da economia e o aumento da competitividade internacional, os produtos de tecnologia mais simples são produzidos em grande quantidade e com mão-de-obra muito mais barata fora da Europa, especialmente na Ásia. A importação desses produtos pelos europeus, principalmente da China e dos tigres asiáticos, eliminou postos de trabalho no continente. Assim, os imigrantes passaram a ser visto como concorrentes num mercado de trabalho reduzido, e em muitos países europeus, começaram a ser discriminados e marginalizados. Atualmente, muitos países da Europa adotavam uma severa política antimigratória, com uma rígida legislação para limitar o numero de imigrantes.
Em meados da década de 1950, teve inicio outro intenso movimento populacional. Pessoas dos países mais pobres do continente europeu partiam em direção aos países ricos como os gregos, portugueses, italianos entre outros. Antes da crise do socialismo o leste europeu recebia imigrantes atraídos pelos benefícios sociais existentes nos países socialistas como educação, saúde, moradia entre outros. Entre 1983 e 1988 a Alemanha recebeu em média 275 mil imigrantes por ano. Em 1990 e 1991, milhares de albaneses saíram de seu país de origem tentando conseguir refugio na Itália. A maioria não obteve asilo e foi repatriada.
As migrações são acompanhadas de conflitos ligados ao nacionalismo, ao racismo e a xenofobia (rejeição a estrangeiros). Palavras de ordem, símbolos, propagandas, vandalismo e até violência são manifestações de hostilidade freqüentes contra estrangeiros na Europa, os países onde mais intensamente têm ocorrido conflitos são a Alemanha, França, Inglaterra Bélgica e Suíça.
A discriminação também pode envolver grupos étnicos diferentes em um determinado país, como foi o caso da violenta guerra que envolveu bósnios muçulmanos e sérvios da Bósnia ( cristãos ortodoxos) na ex- Iugoslávia.